"faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver"
Rute 1:17
O simpático mês de maio nos abre o lindo cenário da importância da família, pontuando, no segundo domingo, com a singela comemoração do "dia das mães". Parece incrível o que vem acontecendo! Amiúda-se o trágico noticiário da violência familiar com as notícias chocantes de filhos matando suas próprias mães! Diverte-se Satanás com a sucessão desses acontecimentos constrangedores! Por que isso acontece? Muitas são as opiniões que formulam os que pretendem saber da matéria. Meras elucubrações mentais, sem fundamento e conteúdo. A verdade é que a resposta está num fato que poucos abordam: a alienação de Deus na realidade familiar.
A família não é projeto ou produto humano, mas solene realização de Deus através do ser humano, definida, expressamente, na Criação do homem e da mulher. No lindo contexto "família", a figura da mulher tem preponderante participação. A sua origem sustentou-se na especial ação Divina, tornando-a "uma auxiliadora que lhe seja idônea" (Gênesis 2:18), ou seja, idônea ao homem, revestido da condição de cabeça da família, instituída por Deus, para a realização do Seu Soberano propósito.
Há na Bíblia, e ao longo curso da história, dignos exemplos de mulheres que cumpriram bem o seu papel e, por isso, corresponderam ao desejo do Senhor e contribuíram, decisivamente, para que o Seu Soberano propósito fosse alcançado. No pequeno livro de Rute encontramos a história de uma mulher simples que se tornou um dos mais dignos exemplos de mulher. É impressionante ver como a Soberania de Deus agiu na sua vida, concedendo-lhe, através da abençoada maternidade, formar na linhagem do próprio Senhor Jesus Cristo (Rute 4:21,22). Na sua comovente história não existem "acasos" ou coincidências, mas, simplesmente, a Soberania do Deus Todo-Poderoso. Ele cuida dos seus filhos e guia os seus passos, às vezes de maneiras óbvias, às vezes não.
Fazia pouco tempo que Rute, uma mulher que amava a Deus, havia depositado sua confiança no Senhor de Israel, o único e verdadeiro Deus! Em sua proclamação de fé a Noemi, sua desolada sogra, Rute proferiu palavras de devoção que ecoaram como um lindo hino. E entre as frases de profunda beleza e convicção de alma disse: "faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver". Que declaração notável! É a evidência do seu nobre caráter espiritual e a base de sua vida como exemplo digno de mulher. Por isso, credenciou-se a ser mãe à altura do plano de Deus para uma abençoada experiência familiar humana.
Vislumbro sete características nesse digno exemplo de mulher:
O seu desprendimento
Viúva, como sua sogra e cunhada, optou por uma arriscada escolha de seguir com a sogra, renunciando, totalmente, as boas perspectivas que teria no seio dos seus, afirmando: "o teu povo é o meu povo e o teu Deus é o meu Deus" (1:16).
O seu discernimento
Optando pelo Deus de Noemi, levou em conta os verdadeiros valores da vida, que são os espirituais e não os temporais. No pouco tempo de convivência com Noemi já aprendera a discernir tais valores.
A sua dedicação
A sua opção de apegar-se à Noemi: "se outra coisa que não a morte me separar de ti!" (v. 17 NVI) evidencia, de sobejo, a sua integral dedicação a ela e ao Seu Deus.
A sua dependência de Deus
É a notável constatação que fazemos ao ler as suas comoventes palavras: "faça-me o Senhor o que bem lhe aprouver” (v. 17). Exemplo digno de total dependência de Deus (João 15:5).
A sua determinação
Determinação notória que a levou à conquista dos seus alvos, centralizando-se, apenas, no Senhor.
A sua disposição
Aceitou as consequências da sua opção, dispondo-se ao querer de Deus, no Qual passou a confiar.
A sua dignidade
Moldura do seu exemplo de mulher, pois entrou na linhagem do Senhor Jesus. Que dignidade!
Conclusão
Ser mãe à altura do plano de Deus abençoa a família.