"A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo"
Filipenses 3:20 (NVI)
Setembro, no Brasil, é um mês muito alegre e festivo.
É o mês do início da primavera.
Flores coloridas que exalam perfumes inebriantes.
Dias claros e sol brilhante.
Tudo isso faz o encantamento da época.
É um prazer especial passear pelos jardins primaveris.
Faz-nos admirar, ainda mais, a maravilhosa ação criadora de Deus e sentir as delícias da comunhão com Deus..
Mas é, também, o mês da afirmação de nossa “cidadania” nacional, que destaca, no dia 7, o "Dia da Pátria", que se festeja com grande júbilo e orgulho nacional, lembrando a nossa independência política.
Afirma o dicionário que "Pátria é o país ou estado em que cada um nasceu, e ao qual pertence como cidadão" (Aulete). Esse conceito afirma a importância invulgar da “cidadania”. É patrimônio natural e gracioso, de valor excepcional, que garante privilégios e direitos singulares e estabelece responsabilidades incontestáveis.
A “cidadania” é inalienável!
Acompanha o indivíduo desde que nasce e só se extingue quando ele morre, o que a torna limitada ao tempo da vida física.
É a “cidadania” terrestre.
É lamentável que, nos dias que correm, acentua-se, em todas as áreas do comportamento humano, o mau exercício da “cidadania”, sem que se lhe dê o respeito que merece. O seu exercício tem sido de modo relaxado e desprezível. O que resulta disso é uma nação desordenada e caótica, onde os valores morais e espirituais se anulam. Festeja-se muito a “cidadania”, mas não é ela exercida na dimensão correta dos valores que a caracterizam. A irresponsabilidade é notória nessa área. Perdem-se, então, os preciosos privilégios e os direitos que dela advêm! E, então, exibimos uma nação melancolicamente enfraquecida e desmoralizada, sem expressão e respeito!
Deplorável quadro da “cidadania” terrestre! O que faz uma nação respeitada é o correto exercício da “cidadania”. Quando a “cidadania” é mal exercida a nação se torna falida!
Mas a Bíblia fala-nos de outro tipo de CIDADANIA: "A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (Filipenses 3:20).
Trata-se da incomparável CIDADANIA CELESTIAL!
Algumas oportunas considerações a respeito:
- Não pertence a todos. Só os que, autenticamente, nascem de novo a possuem (2 Coríntios 5:17). Não tem nada a ver com a membração eclesiástica formal ou práticas religiosas (Mateus 7:21).
- É um direito irrevogável dos filhos de Deus, alcançado e possuído graciosamente (Efésios 2:8,9), mas que teve um preço imensurável, pago amorosa e espontaneamente pelo Senhor Jesus (I Pedro 1:18-19).
- É alcançada, somente, pela fé sincera e verdadeira na Palavra, na Pessoa e na Obra do Senhor Jesus Cristo (João 1:12; 6:40).
- Confere privilégios inestimáveis, que implicam em bênçãos e exercícios espirituais, na companhia do Senhor (Mateus 28:20b) e na habitação permanente do Espírito Santo (João 14:16-17), garantia de nossa herança e redenção, cujo poder passa a atuar em todas as áreas da nossa vida (Tito 2:11-13; Efésios 1:13-14).
- Tem caráter eterno (possuímos a vida eterna - João 10:28) e implica no usufruto da eternidade com Deus. Ultrapassa a precária experiência da vida física, pelo evento miraculoso da ressurreição do corpo e do arrebatamento, a fim de estarmos para sempre com o Senhor (1 Tessalonicenses 4:13-18; Efésios 3:21).
Festejemos, com santo e jubiloso entusiasmo a CIDADANIA CELESTIAL que possuímos.
Cumpramos, porém, no seu privilegiado exercício, com fidelidade, a oportuna recomendação de Paulo em Efésios 4:1... "que vivam de maneira digna da vocação que receberam".