À beira da calçada, um homem cego imaginava como poderia atravessar a avenida. Pensava em pedir ajuda, mas ninguém se importava. O barulho das buzinas e motores indicava que o trânsito era intenso. Concluiu então que só havia uma coisa a fazer: “Agarrarei a primeira pessoa em que eu esbarrar e atravessarei”, pensou. Assim fez. Freadas e buzinas longas demonstravam a irritação dos motoristas. Chegando ao outro lado, agradeceu a feliz “carona” no braço amigo. Surpreso, ouviu o desconhecido dizer: “Eu é que agradeço sua ajuda”. Sou cego!
Quando Jesus falou de um cego guiando outro pelo caminho, deixou claro o perigo de colocarmos nossa confiança em guias espirituais que não sabem por aonde vão. Além do perigo que correm, levam outros consigo. As pessoas se apresentam como guias espirituais, talvez por causa do desemprego crescente, do jeito fácil de faturar um dinheiro extra, ou até mesmo por convicção. Geralmente, o guia coloca ênfase nele mesmo, em nome de entidades espirituais. Apresenta-se como pessoa chave, imprescindível para negócios, assuntos sentimentais, relações sociais, proteção contra doenças, sucesso profissional e até proteção da família. Não faltam os penduricalhos, amuletos, símbolos e toda espécie de misticismos.
Muitos rejeitam a simplicidade do Evangelho porque ele dispensa intermediários. O fato de Jesus ter morrido pelos nossos pecados na cruz, apagando toda nossa culpa, não parece suficiente. Todavia, a Bíblia afirma categoricamente que só Jesus pode conduzir-nos em segurança por toda a vida. Este é um bom momento para você examinar quem o conduz. Quem sabe uma pessoa, uma denominação religiosa, uma corrente, um guia, ou até mesmo sua maneira própria de pensar? Assuma agora mesmo uma posição firme e segura ao lado de Jesus.
A vida é preciosa demais para ser dirigida por quem não sabe para onde vai. Sabemos que Jesus nos prometeu estar conosco todos os dias até a consumação dos séculos. Amém!