Provérbios 16:1-9
INTRODUÇÃO
Os nove primeiros versículos do capítulo 16 de Provérbios contemplam o tema ”Deus tem o controle supremo sobre toda a atividade humana”. Há aí um constante contraste entre o homem e o Senhor, onde se verifica muito acerca do Senhor e da Sua Graça. Vê-se o interesse do Senhor no bem-estar e na bênção do Seu povo, preparando os corações (v. 1), pesando os espíritos (v. 2), e estabelecendo os pensamentos dos que Lhe entregam os seus caminhos (v. 3).
A atividade humana proveitosa do cristão pressupõe condições básicas indispensáveis:
- É fundamental ter-se PROJETOS;
- É imprescindível que se tomem INICIATIVAS no momento próprio;
- É imperioso que se aja com presteza e constância nas REALIZAÇÕES.
Mas sem o exercício da vida piedosa na atividade humana do cristão esses requisitos não bastam.
O que é “piedade”?
Amor e respeito pelas coisas espirituais manifestos em nossas atitudes vivenciais com resignada submissão à orientação e ao controle do Senhor nas nossas múltiplas atividades, agindo sempre com reverência a Deus em nossa postura de vida. Compaixão pelos sofrimentos alheios.
Palavra fundamental (junto com “piedoso”) nas cartas pastorais de Paulo, que ocorre oito vezes em 1 Timóteo (2:2; 3:16; 4:7-8; 6:3,5,6,11), uma vez em 2 Timóteo (3:5) e uma vez em Tito (1:1), mas em nenhum outro lugar nos ensinos de Paulo. Dá a entender uma vida virtuosa e santa, com realce especial à fonte dessa atitude: profunda reverência a Deus.
No texto em 1 Timóteo 3:16, a expressão “mistério da piedade” significa o segredo que produz a piedade nas pessoas. Esse segredo, como mostram as palavras que se seguem no texto, não é outro senão Jesus Cristo. Sua encarnação, em todos os aspectos (sobretudo sua obra salvífica), é a fonte da verdadeira piedade. Aí Paulo afirma a humanidade e a divindade de Jesus Cristo. Não podemos agradar a Deus sozinhos, devemos depender de Cristo. Como homem Ele viveu uma vida perfeita e, assim sendo, Ele é o exemplo perfeito de como devemos viver piedosamente. Como Deus, Ele nos dá o poder para fazer o que é certo. Essas palavras aparecem em forma de poesia e provavelmente são extraídas de um credo da igreja primitiva em hino.
Em 1 Timóteo 4:7-8, aprendemos que a piedade requer autodisciplina, pois é um exercício de nível espiritual. A Bíblia Viva assim consigna esse texto: “Gaste seu tempo e sua energia na prática de conservar-se espiritualmente apto. O exercício corporal é bom, porém o exercício espiritual é muito mais importante, e é um revigorante para tudo o que você faz”.
Em 1 Timóteo 6:3, Paulo ensina que a doutrina do Senhor Jesus é segundo a piedade e não concorda com as falsas doutrinas que os falsos mestres expõem. No versículo 5 verificamos que a motivação da atitude dos falsos mestres era a obtenção de lucros (característica notória das seitas tão em voga em nossos dias), e o faziam, descaradamente, como demonstração de piedade (“supondo que piedade é fonte de lucro”).
Os falsos mestres em Éfeso praticavam exteriormente a “piedade”, a fim de obterem grandes lucros. Eram impulsionados por uma motivação oculta de cobiça, e ensinavam que suas riquezas eram um sinal de que Deus aprovava seus ensinos. Ao contrário do lucro material dos hereges, o lucro do cristão é encontrado em outra esfera de vida: a piedade com contentamento (v. 6), ou autossuficiência, que resulta de uma satisfação íntima com a situação que Deus determinou para ele. O precioso conteúdo do versículo 6 é a chave para o crescimento espiritual (exercício da verdadeira piedade) e a realização pessoal.
Devemos honrar a Deus, e Ele deve ser o centro de nossos desejos (a “verdadeira piedade” ver em Mateus 6:33); devemos, também, ficar contentes com o que Deus está fazendo em nossa vida (ver Filipenses 4:11-13). O cristão deve estar satisfeito tendo as coisas essenciais desta vida, como alimento, vestuário e moradia. Caso surjam necessidades financeiras específicas, devemos confiar na providência divina (Salmo 50:15), enquanto continuamos a trabalhar (2 Tessalonicenses 3:7-8), a ajudar os necessitados (2 Coríntios 8:2-3), e a servir a Deus com contribuições generosas (2 Coríntios 8:3, 6, 7).
Em 2 Timóteo 3:5, Paulo se refere àqueles que se dizem cristãos, e aparentam piedade, porém não manifestam que foram libertos por Deus, do pecado, do egoísmo e da imoralidade. Tais pessoas toleram a imoralidade nas suas vidas e nas suas igrejas e ensinam que é possível praticar os pecados citados nos versículos 2 a 4 e, ao mesmo tempo, serem cristãos (conforme versículos 5-9; 4:3-4; 2 Pedro 2:12-19; 1 Coríntios 6:9).
O “ato” ou aparência de ser piedoso (religioso) inclui ir à igreja, conhecer a doutrina cristã, usar clichês cristãos e seguir as tradições de uma comunidade cristã. Tais práticas podem fazer uma pessoa parecer boa, mas se as atitudes interiores de convicção, amor e adoração estiverem em falta, a aparência exterior não terá sentido. Paulo nos adverte a não sermos enganados pelas pessoas que somente parecem ser cristãs. A princípio pode ser difícil distingui-las dos verdadeiros cristãos, mas seu comportamento cotidiano as denunciará.
As características descritas nos versículos 2-4 são inconfundíveis. A expressão “forma de piedade” refere-se à parte superficial da piedade, enquanto a realidade do poder efetivo de Deus é rejeitada. O Evangelho não se tornou uma força regeneradora na experiência deles, pois não se converteram necessariamente. A vida de piedade somente formal evidencia mera aparência piedosa, sem, contudo, ter a respectiva dinâmica espiritual.
Em Tito 1:1, Paulo informa que a sua comissão, recebida do Senhor, era a de promover a fé dos eleitos de Deus de modo que eles viessem a adquirir pleno conhecimento da verdade cristã, sendo esta segundo a piedade. Aqueles que dizem proclamar o Evangelho verdadeiro devem estar dispostos a ver a sua mensagem julgada à luz do seguinte fato: Se ela produz ou não a piedade na vida dos que a recebem; se é segundo a “sã doutrina” dos apóstolos e às “sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo”; se essa mensagem ou doutrina leva seus seguidores a uma vida de piedade.
CRITÉRIOS VÁLIDOS PARA UMA VIDA PIEDOSA BEM DESENVOLVIDA
1. A ORIENTAÇÃO DEVE SER DO SENHOR (vs. 1 e 9)
O contraste entre o homem e Deus está bem saliente no versículo 1. A expressão “planos”, ou “preparação”, sugere “colocar as coisas em ordem” (ex: dispor as tropas para a batalha – Gn. 14:8; ou colocar a lenha para fazer uma fogueira – Gn. 22:9). O sentido do provérbio é, provavelmente, semelhante ao do versículo 9, ressaltando-se, porém, o fato de que o homem, a despeito da sua liberdade para planejar, acaba fazendo nada mais do que contribuir para o plano de Deus (1 Reis 12:24... “Eu é que fiz isto”).
Os planos dos homens não são bons, de sorte que a palavra “certa”, na segunda parte do versículo, evidencia um contraste com a primeira. O homem pode fazer os planos, mas a execução na vida piedosa do cristão deve necessariamente cumprir os desígnios do Senhor. O texto destaca um detalhe interessante quando explicita que “a resposta certa dos lábios vem do Senhor”. A proclamação dos planos a serem adotados, e a maneira como devem ser executados, na vida do cristão, são verbalmente anunciados pela boca humana. Evidencia-se pelo falar do homem.
Mas, na verdade, a resposta certa vem do Senhor. É só Deus quem pode dar a capacidade de articular e realizar aqueles planos. A vida piedosa se manifesta na realização da plena orientação de Deus no viver do cristão. Cabe a este proclamar, com a convicção do seu coração e a força da sua voz, a resposta certa do Senhor. O resultado final do que planejamos está nas mãos de Deus. Ao fazermos a vontade de Deus deve haver uma compatibilidade entre os nossos esforços e a Sua direção. Ele quer que usemos a nossa mente, busquemos o conselho dos outros e façamos planos.
Não obstante os resultados estarem sob o Seu controle, conceber planos nos ajuda a agir de acordo com a vontade de Deus. Como vivemos para Ele, peçamos a sua orientação à medida que planejamos e trabalhemos em nossos projetos confiando nEle. No versículo 1, o escritor sagrado enfatiza a importância da resposta do Senhor. Somente quando o Senhor fala, a palavra é certa. No versículo 9 o escritor sagrado enfatiza a importância da direção do Senhor, dirigindo-lhe os passos. A palavra e a direção do Senhor compõem o primeiro critério válido para uma vida piedosa bem desenvolvida, ou seja, a Sua orientação na realização dos planos de vida do cristão.
2. A AVALIAÇÃO É DO SENHOR (v. 2)
Uma versão bem explicativa desse texto é: “ao homem parece-lhe bem tudo o que faz, mas o Senhor é quem julga as intenções”. Veja, também, 21:2, que é quase idêntico. Em 12:15 temos um texto paralelo que ajuda o entendimento do seu conteúdo. A expressão “espírito” significa “caráter” ou “disposição moral”. As pessoas podem racionalizar qualquer coisa se não tiverem um padrão para julgar entre o certo e o errado. Sempre podemos provar que estamos certos. Antes de colocar qualquer plano em ação, pergunte a si mesmo: “Este plano está em harmonia com a verdade de Deus? Foi concebido sob as condições reais da vida? Minha atitude é agradável a Deus?”.
Quase sempre deixamos de ver os nossos próprios defeitos e a nossa pobreza espiritual. Se formos honestos ao nos aproximarmos de Deus em oração, Ele nos revelará a verdadeira condição do nosso coração, de modo que sejamos realmente limpos e obedeçamos melhor ao Espírito Santo (Lucas 16:15; 1 Coríntios 4:4-5; Hebreus 4:12). Lembremo-nos sempre de que o Senhor nos pesará na balança, pois a Ele compete, afinal, a avaliação dos nossos atos e atitudes. Ajamos em tudo com essa perspectiva, para evidenciarmos um bom exercício da piedade em nossa vida cristã.
3. A SEGURANÇA DO BOM RESULTADO ESTÁ NAS MÃOS DO SENHOR (v. 3)
Em outras palavras o texto assim pode ser explicitado: “Confia os teus assuntos ao Senhor e realizarás os teus projetos”. A expressão “confia” tem o sentido literal de “rodar sobre”. Role os seus fardos sobre o Senhor, pois embora possam sem motivo nos causar ansiedade, nunca serão grandes demais para Ele. Isso faz parte da verdadeira sabedoria (Salmo 25:2; 32:10; 37:5; Provérbios 3:5; 28:25,26). Nossas atividades e planos (“desígnios”) não serão menos nossos por serem dEle. Só que assim ficam sendo menos pesados e mais bem feitos.
O cristão não deve empreender nada de modo presunçoso, mas em todas as coisas buscar a vontade do Senhor (Tiago 4:14-16). Se nossas obras e motivações forem justas, poderemos confiá-las ao Senhor e ter a certeza de que Ele as consolidará e nos abençoará.
Existem muitas formas de não submetermos ao Senhor aquilo que fazemos. Algumas pessoas confiam apenas superficialmente. Dizem que seus projetos são feitos para o Senhor, mas na verdade trabalham para si mesmos. Outros confiam temporariamente os seus interesses a Deus, mas reivindicam o controle no momento em que as coisas deixam de fluir da maneira que esperam.
Há ainda outros que realizam uma tarefa completa para o Senhor, mas não empenham esforço pessoal e se perguntam por que não têm sucesso. Devemos manter o equilíbrio. Confiar em Deus, porque tudo depende dEle e, ao mesmo tempo, fazer a nossa parte no trabalho. Pensando em algo específico que estejamos realizando atualmente, perguntemos a nós próprios: “Confiamos no Senhor”? Confiar ao Senhor as nossas obras faz parte da verdadeira sabedoria. Consagrando a Deus tudo o que fazemos, exercitaremos com êxito a piedade, usufruindo da segurança do bom resultado. Os planos serão bem sucedidos e os alvos serão alcançados.
4. O SENHOR FAZ TUDO COM UM PROPÓSITO (v. 4)
A expressão “para fins determinados” significa literalmente “tudo para a sua resposta”, que pode ser “para o seu propósito”. O homem mau está destinado ao castigo. A palavra “calamidade”, literalmente “mal”, pode significar aquilo que os maus sofrem ou aquilo que causam (Jó 38:23; Isaías 54:16). O sentido geral é que, em última análise, não há nada sem solução no mundo de Deus; tudo será devidamente utilizado, e se enquadrará no seu destino certo.
Isto não significa que Deus é autor do mal (Tiago 1:13,17). Deus não faz nem produz perversos para “maior glória da sua ira”, para depois condená-los, como alguns ensinam. Em Eclesiastes 7:29 lemos: “Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias”. De maneira alguma o mal se origina de Deus, como também a malvadeza do homem, ele incorreu a isso por sua livre vontade, o perverso cai debaixo da ira de Deus por sua própria culpa.
Deus é soberano a cada vida e em toda a história (Eclesiastes 7:14; Romanos 8:28). Deus demonstra o Seu poder até mesmo por meio de homens maus (Êxodo 9:18), porém todo o mal será castigado (Ezequiel 38:22-23; Romanos 2:5-11). Deus é infinito, mas nós, finitos. Não importa a capacidade de nosso intelecto, nunca poderemos entender Deus completamente. Mas, pela fé, podemos aceitar que Ele é o Todo-Poderoso, extremamente amoroso e perfeitamente bom.
Devemos crer que Deus não é a causa do mal e confiar que não existe falha em Seu julgamento. O mal é uma condição temporária no universo. Um dia Deus o destruirá. Desenvolvamos a piedade em nossa vida cristã com a perspectiva de um Deus Soberano, que tudo faz com propósito.
CONDIÇÕES PESSOAIS NECESSÁRIAS
PARA UMA VIDA PIEDOSA BEM DESENVOLVIDA
Provérbios 16:5-8
1. NÃO ARROGANTE (ALTIVO OU ORGULHOSO) DE CORAÇÃO (v. 5)
O Senhor detesta os orgulhosos; tarde ou cedo eles terão o seu castigo. O orgulhoso é colocado entre os piores pecadores em Provérbios, sendo o primeiro na lista das “sete abominações” em 6:17, e sua condenação é garantida com a do adúltero (6:29), ao que faz juramento falso (19:5), e a outros pecadores dos mais destacados, embora ele possa “dar graças a Deus” por não se assemelhar a eles.
Os versículos 18 e 19 se reportam ao assunto. O orgulho é a voz interior que sussurra: “a minha maneira é a melhor”. Ele resiste à liderança de Deus e acredita que é capaz de viver sem a Sua ajuda. Sempre que alguém se encontra agindo deste modo, ou tratando as outras pessoas com desprezo, está sendo controlado pelo orgulho. Quem age assim jamais ficará impune. Somente quando tal pessoa eliminar o orgulho, Deus poderá ajudá-la a se tornar tudo aquilo que planejou para a sua vida. O orgulhoso de coração não poderá desenvolver a piedade na realização dos seus planos e receberá em lugar da bênção a maldição.
2. O TEMOR DO SENHOR (v. 6)
Nesse texto temos o chamado provérbio evangélico. Aí se declara como a iniquidade se purga e como os homens podem desviar-se do mal. O homem não pode purgar o seu próprio pecado; não pode apagar a sua própria culpa. Isso só pode ser feito por Aquele que Se regozija na misericórdia. Mas essa misericórdia há de ser de acordo com a “verdade” e a “justiça”. Isto foi demonstrado na cruz. Ali a misericórdia e a verdade se encontraram, e a justiça e a paz se beijaram (Sl. 85:10). Então, sendo expurgado e reconciliado, o pecador afasta-se do mal (2 Timóteo 2:19). Ele faz isto “no temor do Senhor”, como os primeiros discípulos andaram no temor do Senhor e no conforto do Espírito Santo (Atos 9:31).
A expiação do pecado humano é resultado do amor leal e da fidelidade de Deus. O temor ao Senhor motiva o homem a afastar-se do pecado na hora da tentação. É o princípio de toda a sabedoria de Deus, provisão indispensável para o desenvolvimento de uma vida piedosa na realização da soberana vontade de Deus. Só andando com Deus, em temor e na força do seu Espírito, é que se evita o mal.
3. CAMINHO AGRADÁVEL AO SENHOR (v. 7)
O que aí se afirma é que quando o Senhor aprova a conduta de alguém, até reconcilia com ele os seus inimigos. Deus pode enfrentar as pessoas que você teme! (veja 29:25). Vemos dignos exemplos dessa atuação maravilhosa de Deus nos relacionamentos dos que buscaram andar no caminho que Lhe for agradável, em relação aos seus inimigos.
Nos reinados de Asa e de Josafá (2 Crônicas 14:6,7; 17:10), reis piedosos que usufruíram de excepcional experiência de “paz”, o precioso conteúdo desse texto corresponde à promessa de Deus feita a Israel de que os israelitas seriam preservados de ataques hostis quando andassem na Sua vontade (Êxodo 34:24; 2 Crônicas 17:10). Os cristãos do Novo Testamento, no entanto, serão hostilizados por seus inimigos – Satanás e o mundo – em muitas situações, por estarem cumprindo a vontade de Deus (Mateus 5:10; Lucas 21:17,18; João 15:20; Atos 14:19), mas isso não anula nem afeta a doce experiência da paz de Deus que resulta do andar no caminho agradável do Senhor (João 16:20, 22, 24; Filipenses 4:7).
Queremos que as outras pessoas gostem de nós. Por conta disso somos capazes de fazer qualquer coisa para ganhar a aprovação delas. Mas Deus disse que devemos concentrar os nossos esforços para agradá-Lo. Sermos pacificadores normalmente nos torna mais atraentes para aqueles que estão à nossa volta, mesmo para os nossos inimigos. Mas ainda que não seja assim, não sofremos prejuízo. Estamos agradando a Deus, o único que é verdadeiramente importante. Andar no caminho agradável do Senhor desenvolve a piedade na experiência da vida cristã.
4. A PRÁTICA DA JUSTIÇA (v. 8)
A expressão “justiça” tem o sentido de “padrão de Deus”. O homem foi criado para viver na justiça. O pecado nos “desajustou”, isto é, tirou-nos da prática do padrão de Deus, desajustando-nos e colocando-nos na condição desfavorável de “injustos”.
Deus nos tem justificado (Romanos 5:1) para que retornemos à condição de justos, idôneos para viver na “justiça”, isto é no padrão de Deus. Não basta a abundância da colheita se vivemos na injustiça! O que define a felicidade plena, em termos de vida espiritual, é o privilégio que nos foi restaurado pela Graça de Deus de podermos viver na prática da justiça, ou seja, andando no Seu padrão. Isso é que realiza o exercício benéfico da piedade na vida cristã.
CONCLUSÃO
Desenvolver o exercício da vida piedosa caminha no sentido da realização da soberana vontade Deus em nosso porte cristão.