Aprendendo a ser pai

"A glória dos filhos são os pais"

(Provérbios 17:6)

No Brasil, o mês de agosto destaca o segundo domingo como o "dia dos pais". É uma boa motivação para meditarmos sobre a responsabilidade paterna.

Não há privilégio maior, nas realizações humanas, do que a de ser pai! Missão sobremodo importante, que Deus outorgou ao homem, quando o criou à Sua imagem e semelhança. Por isso, o exercício da "paternidade" deve merecer atenção especial a fim de que o homem corresponda bem à expectativa divina no cumprimento dessa nobre missão.

Afinal, é através da "paternidade" que o homem satisfaz o propósito divino de formação da família, solene instituição do Senhor para a realização do Seu alvo na terra, valendo-se da espécie humana (Salmo 8), e é através da "paternidade" que o homem se realiza plenamente.

No texto acima encontramos uma afirmação extraordinária, que reflete o que significa ser uma "paternidade bem sucedida": "a GLÓRIA dos filhos são os pais" (Pv.17:6). Na "Bíblia Viva" o texto é: "para os filhos o maior motivo de orgulho é o seu pai". Que lindo alvo se oferece aí para o exercício correto da "paternidade"!

Nada pode se igualar à conquista desse alvo! Como seria bom se cada pai vivesse em função desse alvo sublime: SER A GLÓRIA DOS FILHOS!

Mas, como em qualquer realização humana, o sucesso depende da correta INSTRUÇÃO prévia. Não há projeto que dispense o APRENDIZADO bem feito e completo, para se ter todo o conhecimento e toda a sabedoria imprescindíveis ao alcance dos seus objetivos. Também o afastamento das instruções aprendidas, no curso da execução do projeto, afeta-o sobremodo, levando-o ao fracasso total.

No assunto da "paternidade", projeto divino essencial para o homem, Deus não deixa de oferecer os meios essenciais e necessários para que o mesmo cumpra bem essa sua destacada missão. A Sua Palavra é o Manual de Instrução indispensável e irrecusável. Nela encontramos o substancial material necessário para a capacitação ao exercício correto da "paternidade".

Em Dt.11:18-20 temos algumas disposições essenciais da sábia orientação divina a respeito:

1 - Aplicando-se no conhecimento da Palavra (v. 18) - O envolvimento com a Palavra deve ser integral: "no coração", "na alma", nas “mãos" e "na testeira entre os olhos". Esse texto é notável, mostrando como o "aprendizado" exige uma aplicação completa do ser humano, para que se sinta capaz de exercer bem a "paternidade". A "Bíblia Viva" diz: "gravem estas leis nas suas mentes e nos seus corações. Amarrem todas elas nos dedos das mãos, como constantes lembretes - para que vocês lembrem que devem obedecer a elas. Fixem estes mandamentos nas suas testas, entre os seus olhos!". Ninguém pode "ensinar" se antes não "aprender". E aí vemos o método correto de estudo da Palavra. Notem os verbos: a) "gravar", isto é, a fixação irremovível do que se aprende, nas entranhas do ser: "mente e coração"; b) "amarrar" nos dedos das mãos todas as palavras aprendidas, para que sejam lembretes do que deve obedecer em cada ação ou atitude assumidas; c) "fixar" a Palavra na testa, entre os olhos, para que possa ter o rumo certo ao comportamento, sendo, a Palavra, farol forte e inapagável, que ilumina o caminho da atuação paternal (Sl.119:105).

2 - Aplicando-se no ensino da Palavra (v. 19) - O ensino exige aplicação constante, séria e paciente. O texto abre diversos modos através dos quais pode-se alcançar o alvo do ensino. Nisso não podemos negligenciar. Usando, ainda, a versão "Bíblia Viva", constatamos que devemos "conversar sobre ela (a Palavra) sempre": a) em casa: como falhamos nessa área! b) na rua, na estrada: vamos andar mais com os nossos filhos, para que, na nossa companhia, tenham melhor oportunidade de aprender o que devem. c) ao dormir e ao levantar: ao começo e no fim do dia devemos estar sempre presentes, exercendo, ativamente, a "paternidade".

3 - Aplicando-se no testemunho constante da Palavra (v.20) - O texto dá a convicção de que, sem o testemunho permanente da Palavra em nossa vida, perante todos, e sem a prática notória da Palavra, o que dizemos vale nada, e o exercício da "paternidade" fracassará. Vivendo o que ensinamos, "escrevemos a Palavra nas entradas e nas portas da nossa casa".

Concluo com a frase final do texto: "Fazendo assim, vocês e os seus filhos terão uma existência feliz na terra”.

 

Repetido em 2019-08-01

autor: Jayro Gonçalves.