“Vê as minhas mãos” – João 20:27
A semana chamada “santa” pode ser um bom pretexto para reflexões corretas sobre a pessoa do Senhor Jesus Cristo, o significado da Sua morte no Calvário, a Sua gloriosa ressurreição e o que tudo isso tem a ver conosco.
Do empolgante cenário dos fatos sucessivos, destaco o singelo encontro de Cristo, já ressuscitado, com Tomé. Tomado de dúvidas cruéis, ele não podia crer na notícia que lhe davam os companheiros acerca da ressurreição do Senhor.
O Senhor nunca nos quer em dúvidas. A fé é essencial para a nossa boa relação com Deus e para que possamos viver no Seu agrado (Hb.11:6). Por isso o Senhor chegou até Tomé para interferir nessa situação desastrosa de incredulidade e de abatimento.
De que mensagem Ele Se valeu? Da “mensagem das mãos feridas!”. Não há mensagem mais convincente e transformadora para nos fazer totalmente rendidos ao Senhor. Não era a mensagem de argumentos verbais alinhados com eficiência racional, mas simplesmente a de força incomum e penetrante, a das “mãos feridas”!
Expondo-lhes as Suas mãos santas, gravemente feridas e marcadas pelos cravos que O pregaram sobre o madeiro, disse-lhe: “VÊ AS MINHAS MÃOS!”. Ali estavam as marcas da nossa Redenção eterna.
A “mensagem das mãos feridas” tocou-lhe profundamente a alma, e Tomé se quebrantou e saiu da desastrosa incredulidade em que se encontrava para assumir a postura necessária, sábia e humilde, de total submissão ao Senhor, que só é possível se alcançar pela Fé. Por isso o Senhor lhe disse “Bem-aventurado os que não viram e creram!”. Mas afinal, do que lhe falou a “mensagem das mãos feridas?
- “Falou-lhe dos nossos pecados” – Foram os nossos pecados que cravaram no madeiro aquelas mãos santas, pois, como diz Isaías (53:4-5), “Ele foi traspassado pelas nossas transgressões”.
- “Falou-lhe do amor de Deus” - Como afirmou o mesmo Isaías (59:1), “a mão do Senhor não está encolhida para que não possa salvar”. Estendeu as mãos no Calvário onde as pregaram com cravos torturantes, para provar o Seu amor por nós (Rm.5:8).
- “Falou-lhe da eficácia da Redenção” – Quando as Suas santas mãos foram cravadas no madeiro, a Justiça de Deus foi plenamente satisfeita (2Co.5:21), a justificação foi efetivada (Rm.5:1 e 8:33-34). Por isso a justificação se tornou eternamente eficaz.
- “Falou-lhe da segurança eterna” – Pôde Tomé entender o que Senhor já dissera: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará das minhas mãos (Jo.10:28).
Que, na oportunidade da “semana santa”, a mensagem das “mãos feridas” nos fale como a Tomé e que, cheios de fé, nos rendamos submissamente ao Senhor