A forte linguagem da natureza nos ensinando

A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens
Romanos 1:18

Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. 
Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo os seus pensamentos; converta-se ao Senhor... e volte-se para o nosso Deus"

Isaías 55:6-7

 

Creio que poucos são os que não se têm impactado com os surpreendentes, sucessivos e contundentes acontecimentos provocados pela poderosa ação da natureza nos dias proximamente precedentes.

Terremotos e maremotos que se sucedem, em acentuado e desastroso grau de operação, ainda que por segundos, destruindo e soterrando cidades, comovendo as nações com milhares de mortos e desabitados, perdas incomparáveis provocando sentidas e profusas lágrimas pela dor profunda de que são todos acometidos.

Ciclones, tornados, tempestades e enchentes em graus de grandeza poucas vezes vistos, que se amiúdam em várias partes da terra, provocando o mesmo e lamentável quadro dramático para o ser humano.

Vulcões há muito tempo adormecidos agitam-se e despejam as suas grossas e mortíferas vertentes de fogo acompanhadas de volumosas nuvens de poeira nociva, que são levadas a longínquas regiões, provocando mortes, perdas irreparáveis e destruição aos que habitam nas cidades próximas.

Outras surpreendentes, convulsivas e destruidoras manifestações da natureza, em várias regiões do mundo, são amiudadamente noticiadas pelos meios de comunicação.

São eventos terríveis e imprevisíveis que estão completamente fora do controle humano.

Tudo isso representa a expressiva linguagem de Deus, face à notória atitude humana de rebeldia à Sua Soberania e à total alienação aos Seus solenes ditames, como ensina Paulo em Romanos 1:18: “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens”.

É a fúria da natureza nos desafiando a reflexões inadiáveis e profundas sobre a clamorosa situação da desgraça moral e espiritual do ser humano.

Constitui-se em séria e oportuna advertência a uma urgente mudança de rumo, de volta a Deus e à Sua Palavra.

Em vez de ficarmos a buscar explicações para tudo isso na “ciência” (pobre ciência, tão precária e falível), deveríamos, humildemente, procurar entender a linguagem de Deus, oportunamente manifestada, e o desafio da fúria da natureza, para que reflitamos sobre a triste condição do ser humano, que, embora criado à imagem e semelhança de Deus, para a realização do Seu propósito, no usufruto de plena paz e harmonia com Ele, encontra-se alienado de Deus e da Sua Soberana Palavra, vivendo na miserabilidade terrível da sua voluntária e consciente pecaminosidade que o conduz, inexoravelmente, à desgraça total (fora da Graça) e à perdição eterna.

Pena que as coisas estejam como estão!

Constatamos uma total indiferença, em todas as áreas, a Deus e à Sua vontade. Rebeldia contumaz! Contra isso a voz dos céus se manifesta dessa forma furiosa e contundente através da própria natureza, que está inteiramente sob o Seu controle.

Essa reflexão não apenas nos deve levar à inquestionável constatação da nossa miserabilidade moral e espiritual, mas deve, também, nos fazer buscar a reversão desse lastimável quadro, para que nos coloquemos na condição moral e espiritual de podermos cumprir com fidelidade o propósito que Deus tem para as nossas vidas.

Na esteira dessa reflexão somos levados a anotar o único meio da reversão necessária. O profeta Isaías expõe com clareza: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor... e volte-se para o nosso Deus” (Isaías 55:6-7).

Quatro atitudes fundamentais para a reversão necessária:

Buscar o Senhor

  1. É imperativo e indispensável – veja o verbo no modo imperativo: “buscai”.
  2. É urgente – diz o texto: “enquanto se pode achar”.
  3. É oportuno - diz o texto: “enquanto está perto”.

Deixe o seu caminho e os seus pensamentos

Diz o texto que os nossos caminhos e os nossos pensamentos não são os caminhos e os pensamentos do Senhor (v. 8). Há que haver renúncia efetiva dos nossos critérios e métodos de vida, que adotamos nos termos de nossas concepções pessoais, e adoção de um padrão cristão modelado pela Palavra do Senhor.

Converta-se ao Senhor

Diz o texto que a conversão ao Senhor traz-nos a experiência da maravilhosa e misericordiosa “compaixão” do Senhor. E as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, não têm fim e renovam-se cada manhã (Lamentações 3:22-23). A conversão implica no reconhecimento da Soberania de Deus em todos os atos de nossa vida.

Volte-se para o nosso Deus

Diz o texto que podemos nos voltar para Deus porque Ele é perdoador. Esse é o grande benefício da Graça, garantido pela Obra da Redenção. Voltar-se para o nosso Deus implica em adotar o padrão da Palavra de Deus, no exercício diário da fé ativa em todas as áreas de nosso viver.

Conclusão

Note como Isaías descreve a notável experiência de bênção que alcança os que agem nos termos desse processo de reversão em contraste com a atual convulsão da natureza: “Saireis com alegria e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas. Em lugar do espinheiro crescerá o cipreste; e em lugar da sarça crescerá a murta; e será isto glória para o Senhor e memorial eterno que jamais será extinto” (Isaías 55:12-13).

autor: Jayro Gonçalves.