DEVERÍAMOS ACEITAR TODOS OS ENSINOS DA PALAVRA DE DEUS
Se nós procuramos obter um conhecimento da Bíblia como um fim em si mesmo, isso só nos irá prejudicar. Isso se conforma às palavras de Paulo aos Coríntios: “Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito não aprendeu ainda como convém saber” (1Co.8:1-2). Estar preocupado em adquirir conhecimento como um fim em si mesmo é o caminho direto para um estado de auto-engano complacente. O que eu pretendo fazer com o conhecimento de Deus que vou adquirir?
Há três princípios fundamentais que serão incluídos em todas as mensagens evangelísticas: a condição do pecador, a cruz de Cristo, e o amor de Deus.
- A CONDIÇÃO DO PECADOR - Deus não pode mentir! Ele nunca enganou ninguém. A verdade apresentada na Bíblia não podia ser pior. Os homens se encontram, em face da santa lei de Deus, condenados, desamparados e sem esperança. Por isso cantamos: “eis os milhões em trevas tão medonhas, jazem perdidos sem a salvação”. Leiam as palavras registradas no último livro da Bíblia: “Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles haviam. E foram julgados, um por um, segunda as suas obras. Então a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo”. (Ap.20:13-14).
Se o conhecimento desta verdade não tiver um efeito bem prático em nossas vidas, irmãos, algo está profundamente errado conosco. O seu vizinho, colega, pai, filho ou amigo não são salvos ainda? Até que ponto você se preocupa com a situação deles? A única esperança deles é a gloriosa mensagem do Evangelho.
- A CRUZ DE CRISTO - Que gloriosa e rica verdade! Apesar de toda a nossa depravação e ingratidão, Ele deu uma prova incontestável da nossa necessidade humilhante. Leiam as palavras do Senhor Jesus citadas pelos evangelistas Mateus e Marcos, no lugar chamado Calvário, e medite nelas: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”.
Que nós saibamos e não esqueçamos esta verdade. Para nos salvar e tirar do lamaçal do pecado o Salvador foi ao máximo. Ele foi crucificado e abandonado para que fôssemos salvos. Quase todos os livros da Bíblia apontam para a cruz como sendo essencial na propagação destas boas notícias.
- O AMOR DE DEUS - É quase inacreditável! Alguém tentando expressar esta verdade escreveu: “sublime graça que alcançou um pobre como eu”. Há esperança para os ímpios, injustos, ingratos e insaciáveis. Por motivos incrivelmente difíceis de entender, somos amados incansavelmente por um Deus misericordioso. Na parábola do filho pródigo, o Filho de Deus se regozija de apresentar a prontidão de Seu Pai para receber e abençoar. Não poderia ser mais claro: “E, levantando-se foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou”. (Lc.15: 20).
Concluímos que Deus está ardentemente desejando a salvação dos seus filhos, pais, amigos, vizinhos e colegas. Há festas no céu por um pecador que se arrepende. Veja só! A conversão de um pobre pecador já é motivo de alegria e satisfação nos céus. Que nós tenhamos o mesmo desejo hoje em dia.
DEVERÍAMOS COLOCAR EM PRÁTICA OS ENSINOS QUE APRENDEMOS
Vamos estabelecer uma verdade que a Palavra de Deus ensina nitidamente tanto no Velho quanto no Novo Testamento. É responsabilidade e privilégio de cada cristão verdadeiro de orar para a salvação dos perdidos. Talvez você não tenha o dom de ensinar, evangelizar ou ministrar. Mesmo assim pode e deve orar! Não depende das nossas capacidades, eloqüência, ousadia, experiência ou conhecimento. Exige simplesmente um amor constrangedor ao pecador e muita disposição.
Ouçam as palavras do Salmista: “Os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes”. (Sl.126:5-6).
O nosso amado Salvador derramou lágrimas quando se aproximou da Sua cidade indo ao lugar chamado Calvário: “Vendo a cidade, chorou, e dizia: Ah! Se conheceras por ti mesmo ainda hoje o que é devido à paz! Mas isto está agora oculto aos teus olhos”. (Lc.19:41-42).
Mas não está oculto aos nossos olhos. Nós conhecemos a Verdade. Sabemos para onde vai o incrédulo. Que haja em nossos corações uma íntima e incansável compaixão por eles. Que assim seja!
(Traduzido por André Renshaw)