1 Tessalonicenses 1:1-10
Antes de nossa conversão temos vários focos dos quais o objetivo final é satisfazer o desejo da carne. Porém, deveríamos ter como propósito a reconciliação com Deus. E para fazer isso é importante nos arrependermos, fazermos um retorno do caminho que estávamos seguindo.
O problema é que muitas vezes quando recebemos a salvação voltamos para o nosso foco anterior à conversão. Entretanto, o ponto central deve ser a volta de Cristo, assim como a noiva se prepara para a chegada do seu noivo. É preciso deixar claro que não é errado termos objetivos seculares, só que eles não podem ser maiores que o nosso preparo para a volta do Senhor Jesus Cristo.
Muitas vezes usamos como lema de preparação o versículo 10 de Lucas 17, onde diz que temos que ser iguais a um servo inútil. Um servo inútil é aquele que só faz o que lhe é pedido. Entretanto, quando lemos com atenção vemos que o Senhor Jesus estava criticando o comportamento dos Seus discípulos. Particularmente eu também pensava dessa forma simplesmente por falta de leitura profunda e por ser algo mais fácil de ser digerido. Mas temos que checar tudo que nos é dito antes de aceitá-lo como plena verdade.
Quando a noiva se prepara para receber o seu futuro marido, ela não só procura fazer o básico, ela procura ir além daquilo que ele espera com o intuito de agradá-lo. Pensando nisso vem a pergunta: Estamos fazendo só o que Cristo nos pediu ou estamos indo um passo à frente usando os nossos dons e talentos para glorificar e agradar a Deus? Quando usamos a desculpa que devemos somente fazer aquilo que nos é pedido somos realmente um servo inútil. Cristo na parábola dos talentos deixa claro que um servo inútil não O agrada e tudo que lhe foi dado lhe será tirado. Por isso cabe-nos a pergunta: Realmente temos o nosso foco na volta de Cristo?
Se você está fazendo o que Cristo lhe pediu, então você está a pregar o Evangelho, buscando os perdidos, fazendo discípulos e cuidando do seu testemunho, além, é claro, de cuidar daqueles que estão precisando de ajuda, e mantendo comunhão com os irmãos tanto no “partir do pão” como na oração. Mas será que, em vez disso, estamos a esconder os nossos talentos? Realmente estamos cumprindo o básico de um cristão?
O apóstolo Paulo nos lembra de que Cristo quer nos aperfeiçoar até o grande Dia, mas temos que olhar o versículo anterior onde Paulo diz que somos cooperadores do Evangelho (Filipenses 1:5-6). Na mesma carta Paulo deixa claro que ele, como nós, deve prosseguir para o alvo e, em seguida, nos convoca a sermos seus imitadores, seguindo os seus exemplos. Para tanto, é necessário que tenhamos o mesmo sentimento de Paulo, tendo Cristo como o foco de nossa vida.
Creio que talvez o melhor exemplo de mantermos o nosso objetivo de vida é contemplarmos a igreja de Tessalônica. Paulo em sua carta os elogia por cultivarem a mesma fé, trabalho, amor e firmeza na volta de Cristo. Os santos que lá se reuniam não só receberam o Evangelho, como se tornaram imitadores tão bons de Paulo que o próprio diz que eles são modelos para toda aquela região. Tudo isso por eles terem a volta do Senhor como foco.
Irmãos, temos que ter isso em mente, pois, como nos é dito na carta aos Hebreus, somos rodeados de grande nuvem de testemunhas (Hebreus 12:1), se não fitarmos nossos olhos em Cristo Jesus, autor e consumador da nossa fé (v. 2), iremos perder a nossa meta e deixar de fazer a obra do Senhor. Sim, a obra é d’Ele! Mas temos que ser servos dispostos, se necessário for, a dar o passo além daquilo que nos foi pedido. Pense nisso!