Obrigado, Senhor!

Ao encerramento de mais um ano, muitos são os motivos que temos para dizer “Obrigado, Senhor!” Devemos agradecê-Lo pela nossa saúde, pela nossa subsistência, pela nossa família, pela nossa igreja local, dentre tantas outras coisas que Ele tem feito por nós, e até mesmo pelos momentos difíceis que passamos porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação.

Devemos, ainda, dizer “Obrigado, Senhor” pelas pessoas que foram salvas ao longo do ano que passou por meio do testemunho dos Seus servos que consagraram suas vidas na busca das almas que se encontram nas trevas da incredulidade, conforme pudemos constatar com grande alegria através dos relatórios publicados neste Boletim dos Obreiros.

Entretanto, todas essas coisas são conseqüências de algo profundamente grandioso que foi a remissão dos nossos pecados através do Senhor Jesus Cristo. Aqueles que têm rejeitado a graça e a misericórdia de Deus não têm a compreensão necessária para dizer “Obrigado, Senhor!”

Em Lucas 13:11-19, lemos acerca de dez homens que se encontravam em profunda desgraça. Assim como o pecado, o mal que possuíam era hereditário, contagioso, repugnante e fatal. Por Sua imensa compaixão, somente Jesus poderia purificá-los. E foram!

Entretanto, um, tão somente um, dignou-se a dizer “Obrigado, Senhor!” Os demais, também tinham recebido a mesma dádiva, preciosíssima, mas se esqueceram do Doador. Todos os dez estavam alegres, porém, só um estava grato. Os dez clamaram: Mestre, compadece-te de nós! Todavia somente um agradeceu. Todos se aproximaram para receber uma extraordinária bênção, mas só um voltou para Lhe oferecer algo, o seu agradecimento: “Obrigado, Senhor!”

Sem dúvida a ingratidão é uma cruel realidade nos corações humanos, portanto não podemos deixar de agradecer, diariamente, em nossas orações, o maior privilégio que recebemos da parte do nosso Redentor que é o de termos sido transformados em adoradores do Deus Todo Poderoso Criador de todas as coisas. Digamos, portanto, a uma só voz: “Obrigado, Senhor!”

Diante desta realidade cabe-nos uma profunda reflexão acerca disso. No calendário imperfeito criado pelos homens, a página de n° 2000 do registro da era cristã já está preenchida. Mais uma página da nossa vida foi virada! Nela estão transcritas as nossas lutas, tropeços e vitórias ao longo de mais um ano que passou. Descortina-se diante de nós uma nova página, que de nova nada tem, apesar de que a sua representação cronológica tem o significado de um novo século e de um novo milênio.

Novos desafios nos esperam em 2001. Neste terceiro milênio que se descortina à nossa frente, ele se inicia com uma imensa sombra de dúvida sobre a credibilidade do Evangelho em virtude dos mesquinhos interesses de poderosos grupos religiosos, tidos como evangélicos, que lamentavelmente têm tornado o Evangelho um mero instrumento de lucro. Sem dúvida, o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males, e continuará sendo.

Não podemos ficar indiferentes nem ignorar a gravidade dos fatos que vêm ocorrendo em nossos dias. Durante a última grande guerra, os crentes permaneceram indiferentes quando Hitler começou com as suas atrocidades. Diziam eles, isso não é coisa nossa. Quando Hitler começou a matar os ciganos, diziam eles: é gente estranha. Quando Hitler começou a matar os negros, alegaram: não são do nosso meio. Quando Hitler começou a matar os homossexuais: isto se trata de uma aberração contrária à natureza. Quando Hitler começou o holocausto dos judeus: eles fizeram por merecer, eles mesmos pediram que o sangue de Jesus caísse sobre as suas cabeças. Em seguida Hitler foi sobre os crentes. Agora era coisa deles, porém era muito tarde! O comodismo os levou à uma cruel destruição. Perseguição ou difamação do Evangelho, independentemente de onde venha, é algo que sempre deve nos deixar atentos, pois o Evangelho é coisa nossa, e como é afirmado por Paulo devemos preservá-lo para que não se perca ou danifique.

Na oração contida no Salmo 90, é afirmado que os nossos anos de vida passam depressa e, por isso, devemos aprender a contá-los e usar o nosso tempo para aplicarmos os nossos corações à verdadeira sabedoria. Alguém já deixou revelado que jamais seremos capazes de cumprir essa condição, a menos que vivamos cada dia como se fora o derradeiro dia da nossa existência aqui.

Portanto, mesmo diante de um ano que surge com nuvens de dificuldades para o autêntico testemunho do Evangelho, são nesses momentos que devemos aumentar a nossa capacidade de superação, não como que isso partisse de nós mesmos, mas do Senhor, pois a nossa suficiência vem d’Ele. O Senhor haverá de ter compaixão de nós. Ele nos saciará com a Sua benignidade para que haja regozijo e alegria todos os dias de nossas vidas. É com essa convicção que seguramente podemos desejar a todos os amados irmãos um Feliz e Abençoado 2001.

Que a Tua graça, Senhor, seja sobre todos os Teus servos; confirma em cada um deles as obras que estão realizando. Sim, amado Redentor, confirma as obras de cada um dos Teus filhos ao longo deste novo ano. Dá-lhes, Senhor, um coração sábio, para que estejam atentos aos estranhos acontecimentos dos nossos dias, a fim de que nenhum deles seja pego desprevenido pelas artimanhas do maligno.

Esta é a nossa sincera ORAÇÃO e como temos a firme certeza que o Senhor nos ouve e nos atende em tudo que Lhe pedimos dentro da Sua soberana e absoluta vontade, já podemos antecipadamente dizer “Obrigado, Senhor!” Permita Deus que assim seja!

autor: José Carlos Jacintho de Campos.