“Naquele tempo disse o Senhor a Josué”
Josué 5:2
(traduzido por Jaime D. Crawford)
Ao lermos o texto acima, vem-nos a pergunta: O que ocorreu de notável no tempo mencionado? Por que está escrito “naquele tempo”? Os primeiros dois versículos do capítulo fornecem a resposta. O Senhor milagrosamente “secou” as águas do Jordão, os exércitos de Israel estavam acampados diante de Jericó e os reis de Canaã tremeram de medo. Obviamente, a vantagem militar nunca seria mais favorável para Israel.
Por que, então, naquele momento tão oportuno, o Senhor fez parar o avanço de Israel, e ordenou que os homens fossem circuncidados, tornando assim, o exército impotente? Certamente foi que Ele teria tempo para ensinar-lhes que os Seus caminhos não eram sempre os caminhos deles, e se fosse para serem vitoriosos na batalha, então eles deveriam guerrear com total dependência dEle.
Naquele tempo, Deus ensinou-lhes quatro lições muito necessárias:
- O RITUAL DA CIRCUNCISÃO (5:3-9) – Uma figura de rejeição à carne. Os israelitas tinham que aprender que não poderiam na sua própria força guerrear nas batalhas do Senhor.
- A CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA (5:10) – Uma festa de recordação, figura da morte de Cristo pelos pecados do Seu povo. Todas as bênçãos de Israel foram baseadas na redenção.
- AS ESPIGAS TOSTADAS (5:11-12) – As espigas tostadas, produto daquelas terras. Um tipo de Cristo na ressurreição, o alimento do povo de Deus. Nutridos por esse alimento, Deus os capacitaria a lançar fora da terra os seus inimigos.
- O PRÍNCIPE DO EXÉRCITO DO SENHOR (5:13-15) – O Filho Eterno descera para batalhar a favor e com eles! Os israelitas não tinham razão para temer quando Ele os guiasse na batalha.
Em Gilgal, eles aprenderam que não tinham nada em si mesmos, mas tinham tudo em Deus. Quanto ao passado, foram libertos do julgamento pela morte do cordeiro pascal. Quanto ao presente, alimentando-se das espigas tostadas da terra, eram nutridos. Quanto ao futuro, tinham a garantia da presença permanente do Príncipe do exército do Senhor.
Na Sua força, foram assegurados de conquistar os seus inimigos. Todos esses falam de Cristo. Como Israel, nós também temos a Cristo, não em tipo, mas em pessoa. Vamos enfrentar os nossos inimigos na Sua força e, como Paulo, renunciar a toda confiança na carne.